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Sheila Grillo  
Sheila Vieira de Camargo Grillo nasceu em 1968 em Tatuí, SP. É professora na área de Filologia e Língua Portuguesa do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Universidade de São Paulo. É autora do livro A produção do real em gêneros do jornalismo impresso (Humanitas/Fapesp, 2004) e tradutora, juntamente com Ekaterina Vólkova Américo, de O método formal nos estudos literários, de Pável Medviédev (Contexto, 2012), e Questões de estilística no ensino da língua, de Mikhail Bakhtin (Editora 34, 2013), além de Marxismo e filosofia da linguagem (Editora 34, 2017) e A palavra na vida e a palavra na poesia, de Valentin Volóchinov (Editora 34, 2019).

Fábula: do verbo latino fari, “falar”, como a sugerir que a fabulação é extensão natural da fala e, assim, tão elementar, diversa e escapadiça quanto esta; donde também falatório, rumor, diz que diz, mas também enredo, trama completa do que se tem para contar (acta est fabula, diziam mais uma vez os latinos, para pôr fim a uma encenação teatral); “narração inventada e composta de sucessos que nem são verdadeiros, nem verossímeis, mas com curiosa novidade admiráveis”, define o padre Bluteau em seu Vocabulário português e latino; história para a infância, fora da medida da verdade, mas também história de deuses, heróis, gigantes, grei desmedida por definição; história sobre animais, para boi dormir, mas mesmo então todo cuidado é pouco, pois há sempre um lobo escondido (lupus in fabula) e, na verdade, “é de ti que trata a fábula”, como adverte Horácio; patranha, prodígio, patrimônio; conto de intenção moral, mentira deslavada ou quem sabe apenas “mentirada gentil do que me falta”, suspira Mário de Andrade em “Louvação da tarde”; início, como quer Valéry ao dizer, em diapasão bíblico, que “no início era a fábula”; ou destino, como quer Cortázar ao insinuar, no Jogo da amarelinha, que “tudo é escritura, quer dizer, fábula”; fábula dos poetas, das crianças, dos antigos, mas também dos filósofos, como sabe o Descartes do Discurso do método (“uma fábula”) ou o Descar­tes do retrato que lhe pinta J. b. Weenix em 1647, segurando um calhamaço onde se entrelê um espantoso Mundus est fabula; ficção, não ficção e assim infinitamente; prosa, poesia, pensamento.

Projeto editorial de Samuel Titan Jr.
Projeto gráfico de Raul Loureiro

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Problemas da obra de Dostoiévski

Mikhail Bakhtin

Notas e glossário de Sheila Grillo e Ekaterina Vólkova Américo
Ensaio introdutório e posfácio de Sheila Grillo
 
Problemas da obra de Dostoiévski, lançado em 1929, é a primeira versão de um dos livros-chave de Bakhtin, Problemas da poética de Dostoiévski, de 1963. Organizado em duas partes, “O romance polifônico de Dostoiévski” e “A palavra em Dostoiévski”, o estudo analisa as principais obras do escritor russo, atentando para a multiplicidade de vozes e discursos que ele põe em cena, o que representou uma importante inovação na forma do romance. O presente volume inclui ainda um ensaio introdutório que historia a gênese do livro de Bakhtin e suas influências, e um posfácio que analisa a sua recepção na União Soviética da época, ambos redigidos por Sheila Grillo, tradutora da obra com Ekaterina Vólkova Américo.
R$ 91,00
 
Marxismo e filosofia da linguagem
Problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem

Valentin Volóchinov

Ensaio introdutório de
Sheila Grillo
 
Marxismo e filosofia da linguagem, lançado agora no Brasil pela primeira vez em tradução direta do russo, é uma das obras fundamentais da linguística moderna. Redigido no âmbito do Círculo de Bakhtin por Valentin N. Volóchinov (1895-1936) e publicado em 1929, foi por vezes atribuído ao próprio Bakhtin. O presente volume inclui um ensaio introdutório assinado por Sheila Grillo, que visa situar o leitor no contexto dos estudos da linguagem à época de escrita da obra, além de um glossário detalhado e o "plano de trabalho" de Volóchinov, de 1927-28, obtido diretamente em seu arquivo pessoal.
R$ 87,00

 
Questões de estilística no ensino da língua

Mikhail Bakhtin

Apresentação de Beth Brait
Organização e notas da edição russa de Serguei Botcharov e Liudmila Gogotichvíli
 
Único na obra deste grande teórico da língua e da literatura, o presente ensaio é produto da experiência de Bakhtin como professor em duas escolas no interior da Rússia entre 1937 e 1945. Como exemplo de sua prática na sala de aula, o autor aborda no texto o uso de uma estrutura gramatical em particular - o período composto por subordinação sem conjunção -, e desenvolve um método de ensino voltado ao "processo de nascimento da individualidade linguística" dos alunos.
R$ 56,00

     
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